Empreendedorismo feminino cresce no Brasil, mesmo com desigualdades: como lucrar com estabilidade?
Histórias como a da CEO Lilian Aliprandini mostram que é possível lucrar com estabilidade, mesmo enfrentando preconceitos e dificuldades no acesso ao crédito
O empreendedorismo feminino segue em avanço no Brasil, mesmo diante de desafios persistentes como o preconceito de gênero e a desigualdade no acesso ao crédito. De acordo com o SEBRAE, com base em dados do IBGE, 34% dos negócios no país são liderados por mulheres, representando um universo de mais de 10 milhões de empreendedoras.
Grande parte dessas mulheres começou a empreender por necessidade. Ainda assim, muitas delas têm construído negócios criativos, inovadores e com alto potencial de crescimento, provando que a força do empreendedorismo feminino não está apenas nos números — está na capacidade de resistir, se adaptar e prosperar.
Entre os principais obstáculos enfrentados por mulheres empreendedoras está o acesso ao crédito com condições justas. Segundo estudo do SEBRAE com dados do Banco Central, empresas comandadas por mulheres enfrentam juros médios de 40,6% ao ano, enquanto os negócios liderados por homens pagam cerca de 36,8%.
De acordo com o Sebrae, essa diferença escancara uma relação de consumo desigual, alimentada por estigmas que reforçam uma “violência econômica e social velada”.
Apesar de apresentarem, em média, maior nível de escolaridade do que os homens, as mulheres ainda recebem 22% a menos em seus próprios negócios. A disparidade não é fruto de baixa qualificação, mas sim de problemas estruturais: o machismo no ambiente empresarial, a falta de políticas públicas eficazes e a sobrecarga de responsabilidades familiares que afeta diretamente a produtividade e o tempo dedicado aos negócios.
Em meio a esse cenário, algumas histórias funcionam como farol para quem deseja empreender com segurança. É o caso da consultora Lilian Aliprandini, CEO da Acceta, uma das empresas que mais cresce no Brasil. Ela defende que é possível, sim, aumentar os lucros com estabilidade — desde que a mulher tenha acesso ao que realmente importa: conhecimento, apoio e planejamento.
“É comum iniciar com medo e insegurança, sem saber se terá resultados. Mas você precisa acreditar no seu potencial, investir em capacitação e buscar redes de apoio. O empreendedorismo feminino é a força que move a economia”, afirma Lilian.
Para Lilian, o conhecimento e as conexões certas fazem toda a diferença no caminho do crescimento.
“Capacitação é a chave. Quanto mais você aprende, mais segura se sente para tomar decisões importantes. E o mais importante: não caminhar sozinha. Participar de redes de apoio e trocar experiências com outras mulheres empreendedoras é transformador”, reforça.
A empresária acredita que o fortalecimento das redes femininas é essencial para superar obstáculos e ocupar mais espaços com segurança e protagonismo.
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